sexta-feira, 1 de setembro de 2017

A POESIA DO HOMEM, A POESIA DA MULHER.

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Sempre, desde muito jovem, mas já participante ativo dos movimentos literários e sociais em São Paulo e já no jornalismo, defendi a existência da poesia feminina. Quando escrevi sobre isso a primeira vez, houve muita discussão sobre o assunto. Houve até debate sobre o assunto. Até hoje defendo isso, a existência da poesia feminina e da poesia masculina. Acabei de lançar, em São Paulo, o livro "De mãos dadas", que escrevi com a poeta espanhola, Montserrat Villar González, que traduz meus livros na Espanha. O mesmo livro será lançado na Espanha em  novembro, com outro título, e também será distribuído no México. Estarei presente. Agora será marcada a data para o lançamento no Rio de Janeiro e em São Paulo, do livro "Minha mão contém palavras que não escrevo", que escrevi com a poeta Thereza  Christina Rocque da Motta. E, no momento, estrou escrevendo mais um livro com uma mulher, a poeta portuguesa Leocádia Regalo. Espero escrever pelo menos 5 livros assim, em parceria com uma mulher poeta. Os poemas conversam entre si. A poesia feminina é muito mais delicada do que a masculina. A mulher sente mais. A mulher vê coisas que o homem não consegue. Além disso, a poesia, a própria poesia é feminina. A experiência tem sido rica. E dá para notar mesmo a diferença dos poemas. Isso não significa que eu esteja menosprezando a poesia masculina. Não. Mas, para mim, a poesia, a melhor poesia é a feminina, aquela poesia de nuances, de segredos, de palavras medidas, sentidas profundamente antes de colocadas no papel. Admiro poesia escrita por mulher. Poderia citar muitos nomes aqui para mostrar a diferença, mas não é preciso. Estou sentindo a diferença agora, mais nitidamente, já que nesses livros um poema responde ao outro, uma espécie de uma conversa poética. O olhar feminino e o olhar masculino. A poesia feminina é muito mais lírica, de um lirismo que a poesia masculina não alcança. Mas isso não acontece com todas as  mulheres que escrevem poesia. Muitas escrevem seus poemas naturalmente, sem esse toque feminino a que me refiro. O que não diminui o poema em nada. Mas essa sensibilidade poética de verdade só a mulher tem. E é bom que seja assim.    

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